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Projeto simula dificuldades enfrentadas por cadeirantes 09/04/2015 00:00 Não é fácil enxergar a dificuldade do outro. Muitas vezes, por não entender alguma limitação alheia, deixamos de colaborar para uma convivência com menos dificuldades para portadores de necessidades especiais, por exemplo, pelo simples fato de não sabermos quão difícil pode ser para alguém o que nos é simples. Uma pequena rampa, uma curva, uma cadeira. Coisas que parecem banais podem complicar, e muito, o cotidiano de cadeirantes, tanto na cidade como dentro de espaços privados. Para tentar facilitar a compreensão para as necessidades de portadores de deficiência física, uma empresa instalou, nesta terça-feira (7), no Largo da Batata, zona oeste de São Paulo, um circuito que simula os empecilhos que dificultam a vida de cadeirantes no cotidiano. Escalado para cobrir a iniciativa, experimentei pela primeira vez a sensação de me locomover em uma cadeira de rodas e, confesso, me surpreendi com a dificuldade. À primeira vista, o circuito, idealizado pelo administrador Allan Wolkowicz, parece simples. Instalado em um terreno plano, o maior dos desafios a saltar aos olhos é uma pequena rampa. No mais, pensei, é só seguir dentro do estreito espaço destinado à cadeira de rodas. Inexperiente na condução da cadeira, já na saída senti a dificuldade de tentar me locomover mas ir exatamente para o lado oposto do que desejava. Na primeira curva, passei por cima das pedras que delimitavam o espaço correto. Devagar e cheio de dificuldade cheguei para o que, pra mim, seria o único desafio: uma pequena rampa, muito pouco íngreme, que, para quem não possui nenhuma necessidade especial, não representa um grande obstáculo. Confiante nos meses dedicados aos exercícios na academia, acreditei que venceria o desafio. Tomei fôlego e comecei a (tentar) subir. Fiz um pouco de força e não saí do lugar. Mais um pouco e nada. Mesmo com o auxílio de um monitor e colocando toda minha força, permaneci estagnado. Com uma ajudinha disfarçada do monitor, consegui subir a rampa, mas perdi totalmente o controle da cadeira, que passou a tombar para trás e me deixou cheio de medo de levar um tombo. Vencida a maior dificuldade, desci da pequena rampa (que nessa hora me parecia muito maior do que de fato era) e finalizei o percurso. O que antes me parecia simples havia se tornado um desafio superado. Mesmo numa simulação muito pequena, que não representa um grão do que sofrem cadeirantes e portadores de necessidades especiais, pude sentir as dificuldades que oferecem cidades, escritórios, etc.. Para quem tem dificuldade em enxergar a dificuldade do outro, passar por ela abre os olhos. A ideia simples de Allan, de tentar sensibilizar a população para a necessidade da acessibilidade, ao menos comigo teve êxito total. Veja mais em: document.write('');

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Projeto simula dificuldades enfrentadas por cadeirantes 09/04/2015 00:00 Não é fácil enxergar a dificuldade do outro. Muitas vezes, por não entender alguma limitação alheia, deixamos de colaborar para uma convivência com menos dificuldades para portadores de necessidades especiais, por exemplo, pelo simples fato de não sabermos quão difícil pode ser para alguém o que nos é simples. Uma pequena rampa, uma curva, uma cadeira. Coisas que parecem banais podem complicar, e muito, o cotidiano de cadeirantes, tanto na cidade como dentro de espaços privados. Para tentar facilitar a compreensão para as necessidades de portadores de deficiência física, uma empresa instalou, nesta terça-feira (7), no Largo da Batata, zona oeste de São Paulo, um circuito que simula os empecilhos que dificultam a vida de cadeirantes no cotidiano. Escalado para cobrir a iniciativa, experimentei pela primeira vez a sensação de me locomover em uma cadeira de rodas e, confesso, me surpreendi com a dificuldade. À primeira vista, o circuito, idealizado pelo administrador Allan Wolkowicz, parece simples. Instalado em um terreno plano, o maior dos desafios a saltar aos olhos é uma pequena rampa. No mais, pensei, é só seguir dentro do estreito espaço destinado à cadeira de rodas. Inexperiente na condução da cadeira, já na saída senti a dificuldade de tentar me locomover mas ir exatamente para o lado oposto do que desejava. Na primeira curva, passei por cima das pedras que delimitavam o espaço correto. Devagar e cheio de dificuldade cheguei para o que, pra mim, seria o único desafio: uma pequena rampa, muito pouco íngreme, que, para quem não possui nenhuma necessidade especial, não representa um grande obstáculo. Confiante nos meses dedicados aos exercícios na academia, acreditei que venceria o desafio. Tomei fôlego e comecei a (tentar) subir. Fiz um pouco de força e não saí do lugar. Mais um pouco e nada. Mesmo com o auxílio de um monitor e colocando toda minha força, permaneci estagnado. Com uma ajudinha disfarçada do monitor, consegui subir a rampa, mas perdi totalmente o controle da cadeira, que passou a tombar para trás e me deixou cheio de medo de levar um tombo. Vencida a maior dificuldade, desci da pequena rampa (que nessa hora me parecia muito maior do que de fato era) e finalizei o percurso. O que antes me parecia simples havia se tornado um desafio superado. Mesmo numa simulação muito pequena, que não representa um grão do que sofrem cadeirantes e portadores de necessidades especiais, pude sentir as dificuldades que oferecem cidades, escritórios, etc.. Para quem tem dificuldade em enxergar a dificuldade do outro, passar por ela abre os olhos. A ideia simples de Allan, de tentar sensibilizar a população para a necessidade da acessibilidade, ao menos comigo teve êxito total. Veja mais em: document.write('');

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