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Deficientes enfrentam dificuldades de locomoção na região de Tatuí Ausência de rampas de acesso e pisos táteis estão entre as reclamações. Em Itapetininga, SP, há problemas semelhantes em praças e ruas. 08/01/2015 14h49 - Atualizado em 08/01/2015 14h50 Do G1 Itapetininga e Região A falta acessibilidade ainda é um problema enfrentado diariamente pelos deficientes físicos e visuais na região de Tatuí (SP). Desníveis, buracos em calçadas, falta de rampas de acesso são alguns dos pontos de reclamação. Em diversos pontos da cidade ocorre ausência de rampas e calçadas em desnível. A cuidadora Ana Paula Rocha é mãe de uma jovem com deficiência múltipla. Diariamente ela enfrenta dificuldade para poder atravessar as ruas da cidade. “Todo lugar é sem rebaixamento e há muita dificuldade para atravessar, descer ou subir, sem uma rampa de acesso”, afirma. A cuidadora ainda conta que geralmente os carros não param para ela atravessar: “Preciso sair praticamente com a cadeira na rua, para que os motoristas respeitem e eu possa passar”, diz Ana Paula. Uma lei municipal determina que todas as calçadas sejam rebaixadas. Mas, segundo o presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Rodiney Rocha, as normas de acessibilidade só são cumpridas em alguns trechos. “Um dos princípios seria a conscientização da população, no que diz respeito às vagas de estacionamento. Pedimos que não estacionem na vaga dos deficientes, nem de idosos. A outra é a respeito da calçada, pois pessoas fazem degraus nesses locais, o que dificulta a inclusão social e impede que os passeios com os cadeirantes sejam realizados, levando-os a andar pelas ruas.” Piso tátil em praça, auxilia deficientes visuais (Foto: Reprodução/ TVTEM) Piso tátil em praça auxilia deficientes visuais em Tatuí (Foto: Reprodução/ TVTEM) De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 22% dos moradores da cidade, ou seja, mais de 25 mil pessoas, tem algum tipo de deficiência. O professor de informática em braile Nilson Ribeiro é um deles. O deficiente visual passa diariamente pela Praça da Matriz, único lugar que ele encontra o piso tátil na cidade. Porém, no meio do caminho sempre há um obstáculo, como sacos de lixo. “As pessoas não respeitam nem mesmo as faixas para deficientes, que é o piso tátil”, lamenta. Para caminhar até o trabalho todos os dias, ele encontra mais problemas: “Há degraus em calçadas, que as pessoas na hora de construir, deveriam deixar a guia no mesmo nível. É uma luta para ver se essa realidade muda, porque não há respeito.” Em Itapetininga (SP) os problemas são semelhantes. Na Avenida Wenceslau Braz, no Jardim Vieira de Moraes, as calçadas têm desnível, pedras, buracos e até mesmo raízes de árvores que foram arrancadas, o que impede o acesso das pessoas. A alternativa que resta é andar pela rua. Além de ter que atravessar toda a calçada esburacada, com terra e concreto todo danificado, quando o cadeirante chega na esquina da avenida, não encontra uma rampa de acesso para que possa atravessar a rua. O diretor da Associação de Promoção e Inclusão Social para os Deficientes Físicos (Aprisdef), Jeferson Rodrigo, ressalta que “nesses casos, vemos um descaso do próprio poder executivo municipal, que não precisa gastar o orçamento, mas fiscalizar. Vemos que as calçadas devem ter no mínimo 1,20 metros, não pode ter obstáculos, como orelhões ou postes. Nesses casos, é necessário comunicar os órgãos responsáveis, para retirar e no caso das calçadas irregulares, a prefeitura deve ser comunicada para fazer a fiscalização.” Já em um dos cartões postais mais antigos de Itapetininga, a Praça Marechal Deodoro da Fonseca, mais conhecida como Praça dos Amores, que passou por obras de revitalização nos últimos meses, também foram encontrados problemas de acessibilidade. Tudo foi revitalizado: asfalto, guias e sarjetas, pisos e canteiros, porém, as rampas não ficaram de acordo com as normas. As obras em espaços públicos devem ser feitas de forma que tornem os locais acessíveis para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, mas, não é o que aconteceu no local, já que as rampas de acesso à praça existem, mas a dificuldade está do outro lado da rua. Em uma das calçadas, não há nem sinal de rampa. Em outra, há uma rampa fora da faixa de pedestres. Segundo a diretora técnica da Secretaria de Obras da Prefeitura, Mônica Takahashi, todas as rampas de acesso da praça estão de acordo com as normas. Já os acessos do outro lado da rua, serão avaliados e passarão em breve por reforma. “A intenção agora é adequar todas as rampas. Já estamos trabalhando no plano de mobilidade urbana, para atendimento de todas essas questões. Quanto às faixas de pedestres, realmente duas ficaram fora do acesso da rampa, mas já estamos com uma equipe da Secretaria de Trânsito, para que seja refeita a pintura do solo”, explica. Em nota, a Prefeitura de Itapetininga informou que aguarda o término da licitação para a compra de materiais para finalizar a adequação das faixas de pedestres. Rampa de acesso fora da faixa de pedestres fica na Praça dos Amores (Foto: Reprodução/ TV TEM)

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Deficientes enfrentam dificuldades de locomoção na região de Tatuí Ausência de rampas de acesso e pisos táteis estão entre as reclamações. Em Itapetininga, SP, há problemas semelhantes em praças e ruas. 08/01/2015 14h49 - Atualizado em 08/01/2015 14h50 Do G1 Itapetininga e Região A falta acessibilidade ainda é um problema enfrentado diariamente pelos deficientes físicos e visuais na região de Tatuí (SP). Desníveis, buracos em calçadas, falta de rampas de acesso são alguns dos pontos de reclamação. Em diversos pontos da cidade ocorre ausência de rampas e calçadas em desnível. A cuidadora Ana Paula Rocha é mãe de uma jovem com deficiência múltipla. Diariamente ela enfrenta dificuldade para poder atravessar as ruas da cidade. “Todo lugar é sem rebaixamento e há muita dificuldade para atravessar, descer ou subir, sem uma rampa de acesso”, afirma. A cuidadora ainda conta que geralmente os carros não param para ela atravessar: “Preciso sair praticamente com a cadeira na rua, para que os motoristas respeitem e eu possa passar”, diz Ana Paula. Uma lei municipal determina que todas as calçadas sejam rebaixadas. Mas, segundo o presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Rodiney Rocha, as normas de acessibilidade só são cumpridas em alguns trechos. “Um dos princípios seria a conscientização da população, no que diz respeito às vagas de estacionamento. Pedimos que não estacionem na vaga dos deficientes, nem de idosos. A outra é a respeito da calçada, pois pessoas fazem degraus nesses locais, o que dificulta a inclusão social e impede que os passeios com os cadeirantes sejam realizados, levando-os a andar pelas ruas.” Piso tátil em praça, auxilia deficientes visuais (Foto: Reprodução/ TVTEM) Piso tátil em praça auxilia deficientes visuais em Tatuí (Foto: Reprodução/ TVTEM) De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 22% dos moradores da cidade, ou seja, mais de 25 mil pessoas, tem algum tipo de deficiência. O professor de informática em braile Nilson Ribeiro é um deles. O deficiente visual passa diariamente pela Praça da Matriz, único lugar que ele encontra o piso tátil na cidade. Porém, no meio do caminho sempre há um obstáculo, como sacos de lixo. “As pessoas não respeitam nem mesmo as faixas para deficientes, que é o piso tátil”, lamenta. Para caminhar até o trabalho todos os dias, ele encontra mais problemas: “Há degraus em calçadas, que as pessoas na hora de construir, deveriam deixar a guia no mesmo nível. É uma luta para ver se essa realidade muda, porque não há respeito.” Em Itapetininga (SP) os problemas são semelhantes. Na Avenida Wenceslau Braz, no Jardim Vieira de Moraes, as calçadas têm desnível, pedras, buracos e até mesmo raízes de árvores que foram arrancadas, o que impede o acesso das pessoas. A alternativa que resta é andar pela rua. Além de ter que atravessar toda a calçada esburacada, com terra e concreto todo danificado, quando o cadeirante chega na esquina da avenida, não encontra uma rampa de acesso para que possa atravessar a rua. O diretor da Associação de Promoção e Inclusão Social para os Deficientes Físicos (Aprisdef), Jeferson Rodrigo, ressalta que “nesses casos, vemos um descaso do próprio poder executivo municipal, que não precisa gastar o orçamento, mas fiscalizar. Vemos que as calçadas devem ter no mínimo 1,20 metros, não pode ter obstáculos, como orelhões ou postes. Nesses casos, é necessário comunicar os órgãos responsáveis, para retirar e no caso das calçadas irregulares, a prefeitura deve ser comunicada para fazer a fiscalização.” Já em um dos cartões postais mais antigos de Itapetininga, a Praça Marechal Deodoro da Fonseca, mais conhecida como Praça dos Amores, que passou por obras de revitalização nos últimos meses, também foram encontrados problemas de acessibilidade. Tudo foi revitalizado: asfalto, guias e sarjetas, pisos e canteiros, porém, as rampas não ficaram de acordo com as normas. As obras em espaços públicos devem ser feitas de forma que tornem os locais acessíveis para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, mas, não é o que aconteceu no local, já que as rampas de acesso à praça existem, mas a dificuldade está do outro lado da rua. Em uma das calçadas, não há nem sinal de rampa. Em outra, há uma rampa fora da faixa de pedestres. Segundo a diretora técnica da Secretaria de Obras da Prefeitura, Mônica Takahashi, todas as rampas de acesso da praça estão de acordo com as normas. Já os acessos do outro lado da rua, serão avaliados e passarão em breve por reforma. “A intenção agora é adequar todas as rampas. Já estamos trabalhando no plano de mobilidade urbana, para atendimento de todas essas questões. Quanto às faixas de pedestres, realmente duas ficaram fora do acesso da rampa, mas já estamos com uma equipe da Secretaria de Trânsito, para que seja refeita a pintura do solo”, explica. Em nota, a Prefeitura de Itapetininga informou que aguarda o término da licitação para a compra de materiais para finalizar a adequação das faixas de pedestres. Rampa de acesso fora da faixa de pedestres fica na Praça dos Amores (Foto: Reprodução/ TV TEM)

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