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CASA ADAPTADA





SE TUDO FOSSE ASSIM SERIA BEM MELHOR E ASSIM PODERIAMOS TER A LIBERDADE QUE TANTO SONHAMOS;
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MOTEL ADAPTADO EM BH



Essa suíte tem:
acessibilidade (PNE), ar condicionado, canal erótico, decoração diferenciada, elevador, frigobar, jardim, luz ambiente, secador de cabelo, som am/fm com MP3, TV a cabo, TV LCD 29"
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» Para uso exclusivo de portadores de necessidades especiais com piso sem degraus, barras de apoio no banheiro, elevador e portas adaptadas.

Endereço:
Av. José Cândido da Silveira, 3500.
Cidade Nova – Belo Horizonte – MG.
(31) 3487-97-01.
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prestação de serviços,o que é espinha bifida?

Espinha bífida é um defeito congênito caracterizado por formação incompleta da medula espinhal e das estruturas que protegem a medula. O defeito ocorre no primeiro mês de gravidez e engloba uma série de malformações (Tabela 1). A mais comumente observada é a mielomeningocele, na qual há uma protrusão cística contendo tecido nervoso exposto não coberto por pele O nome espinha bífida relaciona-se ao fechamento inapropriado de ossos da coluna (espinha).

Tabela 1. Tipos de Espinha Bífida
Tipo Desordem Características
Aberta
Protrusão cística com ou sem elementos neurais
Pode haver déficit neurológico progressivo relacionado com medula presa
Mielomeningocele Lesão da linha média contendo líquor, meninges e elementos da medula
Tecido nervoso exposto não coberto por pele
Meningocele Lesão cística composta por líquor, meninges e pele
Lipomielomeningocele Massa de gordura, geralmente coberta por pele, que se estende para a medula

Oculta com Envolvimento Neural
Alterações da pele na região sacro-coccígea em 80% (tufos pilosos, angiomas ou massas subcutâneas)
Possibilidade de déficit neurológico progressivo com o crescimento

Diastematomielia A porção caudal da medula é partida
Os segmentos são, muitas vezes, separados por um esporão ósseo ou cartilaginoso
Medula presa Cone medular e filum terminal espessados e fixos à estrutura óssea

Sinus dérmico Fístula epitelial que se estende da pele para tecidos mais profundos
Possibilidade de comunicação com o espaço subdural e desenvolvimento de meningite

Oculta sem Envolvimento Neural Espinha bífida oculta Fechamento incompleto de arcos vertebrais não acompanhado de outras alterações





Manifestações Clínicas

As manifestações clínicas mais freqüentes na mielomeningocele são: paralisia de membros inferiores, distúrbios da sensibilidade cutânea, úlceras de pele por pressão, ausência de controle urinário e fecal e deformidades músculo-esqueléticas. Nos outros tipos de espinha bífida as manifestações são variáveis dependendo do grau e do nível de envolvimento das estruturas nervosas.



Causas

O defeito ocorre como consequência da associação de fatores genéticos e ambientais sendo que muitas causas têm sido propostas tais como deficiência de folato (forma natural de ácido fólico), diabetes materno, deficiência de zinco e ingestão de álcool durante os primeiros três meses de gravidez.



Incidência

Nos Estados Unidos a incidência é estimada em 1: 1000 recém-nascidos. Não temos dados estatísticos sobre a incidência de espinha bífida no Brasil. A Rede SARAH admitiu 3.751 crianças com espinha bífida nos últimos 10 anos para programas de reabilitação.



Risco de Recorrência

Para um casal que tem uma criança com espinha bífida, o risco de recorrência é 1 a 5 por cento. Para um adulto com espinha bífida, a probabilidade de recorrência em um de seus filhos é também 1 a 5 por cento. Se os dois pais têm espinha bífida, as chances de terem uma criança com espinha bífida aumentam para 15 por cento.



Prevenção

Várias pesquisas demonstraram que o ácido fólico (uma vitamina B) desempenha papel importante na redução da ocorrência de todos os tipos de espinha bífida. Por isto, a Associação Americana de Espinha Bífida recomenda a administração oral de 0,4mg de ácido fólico por dia para toda mulher em idade fértil e 4mg por dia para as com risco aumentado para espinha bífida, iniciando um a três meses antes da gravidez e mantendo durante o primeiro trimestre. O ácido fólico é normalmente encontrado nos polivitamínicos e os alimentos ricos em folato são: vegetais de folhas verdes (espinafre ou brócolis) feijão, frutas cítricas, fígado, castanhas e alimentos integrais. O folato é perdido na estocagem e no cozimento o que torna a complementação o meio mais seguro de prevenção.



Tratamento da Mielomeningocele

Logo após o nascimento a criança deve ser mantida com o abdome para baixo e a lesão deve ser coberta com compressas não adesivas, suavemente colocadas, embebidas em soro fisiológico, objetivando evitar o ressecamento. Se a criança tiver que ser transportada, deve ser preparada uma proteção de maneira a não permitir o contato da placa neural com qualquer superfície a não ser a compressa embebida no soro fisiológico. O fechamento da mielomeningocele deve ser feito, de preferência, nas primeiras 24 horas e as razões principais para o tratamento cirúrgico são diminuir o risco de infecção e preservar a função nervosa.



Hidrocefalia

Com o fechamento da mielomeningocele a maioria das crianças desenvolvem aumento de líquido céfalo-raquiano nas cavidades cerebrais (hidrocefalia). O líquido céfalo-raquiano é o líquido que circula entre o cérebro e os ossos do crânio, nas cavidades cerebrais e no canal medular com a finalidade de nutrir e proteger o cérebro e a medula. Com o aumento do líquido nas cavidades cerebrais, elas aumentam de tamanho e exercem pressão sobre o tecido cerebral. A pressão elevada faz com que o crânio aumente de volume nas crianças que têm a fontanela aberta.

Das desordens associadas à mielomeningocele (Tabela 2), a hidrocefalia é a de manifestação mais precoce e o tratamento, quase sempre, demanda intervenção cirúrgica. A característica clínica principal, nos primeiros meses de vida, é o aumento do volume craniano detectado através de medidas semanais ou até diárias do perímetro cefálico, acompanhadas com o auxílio de curvas apropriadas. A ultrassonografia é um exame de fácil realização na criança que apresenta a fontanela anterior aberta, e demonstra a dilatação dos ventrículos (cavidades cerebrais) e malformações como Arnold Chiari. Tão logo identificado o crescimento anormal do crânio a criança deve ser avaliada pelo neurocirurgião.

Tabela 2. Condições Associadas à Mielomeningocele
Desordem Características
Hidrocefalia Aumento anormal do perímetro cefálico e da pressão intracraniana com declíneo intelectual
Pode estar presente ao nascimento, mas mais preqüentemente surge após o fechamento da mielomeningocele
Cerca de 90% das crianças com mielomeningocele desenvolvem hidrocefalia
Quanto mais alta a lesão medular, maior o risco

Malformação
Arnold-Chiari

Herniação das amigdalas cerebelares, vermis cerebelar, parte do quarto ventrículo e porção inferior da medula oblonga para dentro do canal vertebral
Presente em quase todas as crianças com mielomeningocele e principal causa de hidrocefalia nestas crianças
Estrabismo, respiração ruidosa, crises de apnéia, distúrbios do sono, dificuldade para a alimentação e alterações funcionais de membros superiores sugerem malformação Arnold-Chiari sintomática

Medula Presa Estiramento mecânico da medula causando déficit neurológico progressivo
Pode causar alteração do nível sensitivo-motor, da função vesical e desenvolvimento ou agravamento de deformidades como pé equino-varo ou valgo e escoliose

Siringomielia Acúmulo de líquido céfalo-raquiano em cavitações dendro da medula
Pode ser secundária a mal funcionamento do sistema valvular ou a malformação Arnold-Chiari
Pode causar desenvolvimento de escoliose, fraqueza muscular cervical e de mãos ou dor lombar


O tratamento cirúrgico consiste na instalação de um sistema de derivação ventrículo-peritonial (tubo longo e flexível conectado a uma válvula). Este sistema possibilita a drenagem do excesso de líquido céfalo-raquiano dos ventrículos para a cavidade peritonial (espaço entre o abdome e os órgãos digestivos) onde é reabsorvido.

Algumas crianças com deficiência apenas discreta da absorção do líquido céfalo-raquiano podem não desenvolver hidrocefalia sintomática por meses ou anos. Nas crianças maiores, mudanças tais como alterações da personalidade, da linguagem, do desempenho escolar, cefaléia recorrente, convulsões, estrabismo ou diminuição da acuidade visual sugerem hidrocefalia ou obstrução do sistema valvular nas já operadas.

O mal funcionamento do sistema valvular ocorre com certa freqüência devido a obstrução do catéter, desconecção, migração ou comprimento inadequado em decorrência do crescimento. A infecção é a principal causa de mal funcionamento do sistema e quando há infecção a criança geralmente apresenta febre, irritabilidade ou letargia (estado de apatia ou sono profundo). A confirmação diagnóstica é feita através do exame de líquido céfalo-raquiano colhido do sistema valvular. As punções lombares podem ser negativas mesmo na presença de infecção. Os exames por imagem incluem radiografias da cabeça, pescoço, tórax, abdome e pelvis objetivando avaliar o trajeto do catéter. Quando há dor abdominal, a ultrassonografia pode demonstrar coleções de líquido céfalo-raquiano intra-abdominais. Havendo indicação, uma tomografia computadorizada objetivando avaliar as cavidades ventriculares e a implantação do sistema deve ser solicitada.
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O QUE É HIDROCEFÁLIA E MIELOMINICOCELE?

O que é hidrocefalia?
No interior do cérebro existem espaços chamados de ventrículos que são cavidades naturais que se comunicam entre si e são preenchidas pelo líquido cefalorraquidiano ou simplesmente liquor, como também é conhecido. O termo hidrocefalia refere-se a uma condição na qual a quantidade de liquor aumenta dentro da cabeça. Este aumento anormal do volume de líquido dilata os ventrículos e comprime o cérebro contra os ossos do crânio provocando uma série de sintomas que devem ser sempre rapidamente tratados para prevenir danos mais sérios. Muitas vezes pode ser detectada antes mesmo do nascimento, quando se emprega o exame de ultra-som no acompanhamento da gravidez.


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Por que ocorre a hidrocefalia?
A hidrocefalia ocorre quando há um desequilíbrio entre a produção e a reabsorção desse líquido. A condição mais comum é uma obstrução da passagem do liquor, seja por prematuridade, cistos, tumores, traumas, infecções ou uma malformação do sistema nervoso como a mielomeningocele. Em casos raros, a causa é o aumento da produção do líquido em vez de obstrução.

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Como é o tratamento da hidrocefalia?
A cirurgia de implante de válvula é o tratamento ideal para se retirar o excesso de líquido de dentro do sistema ventricular. A válvula, acoplada a um tubo flexível de silicone, drena o excesso de líquido para a cavidade abdominal, reduzindo a pressão interna dos ventrículos cerebrais.
Em casos especiais (cerca de 1/3 do total), pode ser realizada uma cirurgia chamada de terceiroventriculostomia. Nesta técnica, produz-se um orifício no assoalho do ventrículo que fica na parte inferior do cérebro. Assim, o excesso de líquido encontrará uma saída alternativa, fazendo baixar a pressão intracraniana


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Quais as conseqüências da hidrocefalia?
Nas crianças pequenas (abaixo de 2 anos), os ossos do crânio não estão soldados ainda e a hidrocefalia se torna óbvia. A cabeça cresce e a fontanela (moleira) pode estar tensa ou mesmo abaulada. O couro cabeludo parece esticado e fino e com as veias muito visíveis. Palpando-se a cabeça, é possível perceber um aumento do espaço entre os ossos do crânio. A criança pode parecer incapaz de olhar para cima, com os olhos sempre desviados para baixo e podendo ainda apresentar vômitos, irritabilidade, sonolência e convulsões. Nas crianças maiores (acima de 2 anos), como os ossos já se soldaram, o excesso de liquor levará a um aumento da pressão dentro da cabeça o que pode ocasionar cefaléia, náuseas, vômitos, distúrbios visuais, incoordenação motora, alterações na personalidade e dificuldade de concentração. Outro sinal comum é uma piora gradual no desempenho escolar. Tais sintomas exigem avaliação médica imediata. Se houver alargamento dos ventrículos cerebrais, ele poderá ser facilmente observado por ultra-sonografia, tomografia ou ressonância magnética.

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O que é a mielomeningocele?
A mielomeningocele constitui uma malformação congênita do sistema nervoso que ocorre no primeiro mês de gestação, ou seja, antes mesmo que a maioria das mulheres percebam que estão grávidas. Ela é a expressão mais grave da chamada falha de fechamento do tubo neural do embrião. Neste defeito, as estruturas da porção posterior da coluna vertebral não se fecham adequadamente, o que leva à exposição em graus variados do conteúdo do sistema nervoso da região afetada. Na mielomeningocele, a falha do fechamento ósseo forma uma saliência cutânea com exposição da medula espinhal e meninges na região lombar ou torácica.
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Quais as causas da mielomeningocele?
Não existe uma causa exclusiva, no entanto, sabe-se hoje que a carência de ácido fólico materno está intimamente ligada à ocorrência do problema. Infelizmente, o defeito acontece muito precocemente na gravidez (antes do primeiro mês) e a ingestão posterior a este período não oferece nenhuma melhora à situação já instalada. Devido exatamente à ocorrência precoce da mielomeningocele, o ácido fólico deve ser ingerido já no planejamento da gravidez, principalmente por mulheres que já tiveram uma criança afetada na família, ou mesmo, para todas as mulheres em fase de procriação. Para este fim, discute-se hoje a obrigatoriedade da adição do ácido fólico em alimentos básicos como a farinha de trigo. Em países onde isto já é feito, a incidência do problema chegou a diminuir 75 por cento.
No Brasil, desde julho de 2004, todas as farinhas de milho e de trigo estão enriquecidas com ácido fólico e ferro por força de lei federal (Resolução 344, da ANVISA, órgão do Ministério da Saúde). Esta é uma vitória de várias entidades ligadas à saúde, com destaque para a AACD. Os moinhos, inclusive, devem imprimir no rótulo a informação da adição do ácido fólico. Devemos denunciar às autoridades locais de saúde se encontrarmos algum pacote de farinha sem a informação.

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Como se trata a mielomeningocele?
O passo inicial é uma cirurgia para preservação da função neurológica remanescente e prevenção de infecções como a meningite, já que o defeito representa uma porta aberta à invasão de microorganismos. Como outros problemas podem estar associados, estes devem ser investigados para um planejamento global da terapia. Muitas crianças conseguirão se locomover sem necessidade de auxílio. Outras precisarão de muletas e algumas necessitarão da cadeira de rodas para determinadas atividades. É importante frisar que, oferecendo-se um tratamento intensivo e pleno, com acompanhamento correto, estas crianças poderão usufruir de uma vida ativa e produtiva.

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O que mais pode ser feito?
Em primeiro lugar, é preciso se pensar na prevenção. Uma dieta saudável que contenha alimentos ricos em ácido fólico pode representar uma excelente estratégia, embora não seja suficiente para uma redução realmente significativa do risco. São alimentos ricos em ácido fólico: o brócolis, o espinafre, o agrião, a rúcula, a couve, o alface. Em geral, as verduras de cor verde-escura contêm boas quantidades de ácido fólico. Há, porém, outros alimentos que representam uma boa fonte como o feijão, a lentilha e a laranja. Como já dissemos, a adição do ácido fólico nas farinhas já representa um enorme passo neste sentido, mas a redução máxima do risco só será obtida se, além destes cuidados, também consumirmos complementos vitamínicos que contenham o ácido fólico por um período de pelo menos 3 meses antes do início da gestação. Isto significa que o planejamento da gravidez é um fator muito importante na prevenção de problemas. Outro cuidado é o acompanhamento pré-natal. Embora a ultra-sonografia detecte o problema já instalado, ela é muito útil para definir a programação inicial do tratamento da criança. O importante é termos consciência da situação e da necessidade de tornar estas crianças o mais independentes possível para o futuro. Por isso, uma vez detectado o problema, a estratégia deve ser empreender todos os esforços no sentido de minimizar o impacto da doença na vida futura da criança. Por esta razão, o tratamento da hidrocefalia e da mielomeningocele será sempre uma tarefa multidisciplinar, envolvendo inicialmente o pediatra e o neurocirurgião e, em seguida, e de acordo com a evolução da criança, outros profissionais, como psicólogo, fisioterapeuta, ortopedista, oftalmologista, ortodontista, urologista etc.

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Quais as perspectivas para o futuro?
Nós devemos olhar o futuro com esperança. A ciência médica é um campo em constante desenvolvimento. Contamos hoje com soluções com as quais sequer sonhávamos no passado. Enquanto seguimos em frente, devemos ter fé em nós próprios e em nossas crianças. Quando encontramos desafios, nós descobrimos não somente nossa força, mas também nossa grande capacidade para o amor. É de esforços como este que encontramos os mais profundos valores e significados da vida. Por isto, o respeito e o amor são os elementos terapêuticos fundamentais que se aliam à ciência para o sucesso do tratamento de nossas crianças

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OBS:ESSE É O MEU "PROBLEMA" ASS:NAILA TORRES CAMPOS.
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REDESCOBRINDO O PRAZER.

Deficientes descobrem novas formas de prazer.
Quando Antônio Jorge Alves perdeu o movimento das pernas, lhe doeu muito saber que precisaria usar um outro tipo de cadeira, diferente de todas nas quais ele já havia se sentado. "Quando me deram a cadeira de rodas, eu disse que não ia querer", lembra. Mas tão difícil quanto usar cadeira de rodas foi trocar o modelo da sua cama. Logo depois do acidente, a esposa de Antônio tratou de vender o leito de casal em que os dois se deitavam. "Esse gesto foi a maior decepção de quando eu fiquei deficiente", diz, com um tom magoado.

A situação enfrentada por Antônio Jorge Alves é a imagem precisa para definir as dores que a deficiência física pode causar. Afinal, há lesões muito mais graves de que aquelas que tiram o movimento das pernas, braços, ou mesmo de todo o pescoço para baixo. Se não receber apoio da família e não encontrar força psicológica para superar o problema, o deficiente pode ficar mutilado em sua estima, e se sentir incapaz para várias realizações, inclusive para amar.

"No amor, o deficiente precisa aprender a valorizar outras sensações", explica o psicólogo Adriano Baratta, que atuou no Sarah. Além de estudioso do tema, Adriano viveu na própria pele essa realidade. Foi tudo muito rápido. Um mergulho de cabeça, uma forte pancada, o sangue misturado com a água. A medula se comprimiu, e Adriano ficou tetraplégico. Ele ganhou um novo corpo, e a cadeira de rodas virou companheira constante. Foi preciso recomeçar. "Quando retomei a vida sexual, tive a mesma sensação e insegurança de minha primeira vez", lembra. "O sexo mudou. A mulher passou a assumir um papel mais ativo na relação".

A sexualidade do deficiente físico é muito mais complexa do que se pode imaginar. Assim como ocorre com todas as pessoas, não dá para dizer que os corpos reagem de forma igual aos estímulos da carne. Tudo depende de inúmeros fatores, como altura da lesão na medula, gravidade da fratura, capacidade psicológica para enfrentar o problema, e qualidade no processo de reabilitação. "Nem todas as pessoas chegam a ter comprometimento da função sexual após a lesão", explica o urologista Márcio Josbete Prado.

Lógica complexa.

Apesar do incidente da cama de casal, Antônio Jorge não deixou de ter um leito grande o suficiente para caber outras necessidades que não o sono. Em 1994, ele se separou da mulher e hoje, com uma certa freqüência, troca de namoradas. Mas, como sua cama, o sexo ficou pela metade. Ou melhor: assim como sua cama, o sexo mudou de formato. "Eu consigo manter ereção, mas não ejaculo nem sinto prazer. Atualmente, meu prazer maior é satisfazer minha parceira".

Até hoje, Antônio tem, guardada nas costas, uma bala de revólver, triste lembrança daquele assalto. Foi tudo muito rápido, sempre é rápido. De repente, o pequeno pedaço de metal quente atravessou seu corpo, e ele caiu por cima das próprias pernas. "Foi horrível. Não sei porque, me senti como uma câmara de ar". O tiro atingiu a coluna, e a medula ficou lesionada. A lesão impediu a comunicação entre os membros inferiores e o cérebro, e por isso Antônio deixou de movimentar as pernas. Mas, se é assim, como se explica o fato de ele ter ereção?

"Na ereção reflexa, não é preciso a comunicação com o cérebro", diz Josbete Prado. O problema é que, muitas vezes, as ereções reflexas não são suficientes para o estabelecimento de uma relação sexual. "Às vezes, esse tipo de ereção dura pouco e não tem a rigidez necessária", completa Prado. Mas para isso, existem vários santos remédios, como alguns não deficientes bem sabem. Viagra, papaverina, e mesmo a utilização de um anel que funciona como um garrote, mantendo o sangue dentro do pênis. Há também a possibilidade de colocação de prótese, feita com um fio de platina dentro de um tubo de silicone.

Há ainda muitos outros tratamentos. Quase todos têm suas contra-indicações e possíveis efeitos colaterais, e precisam de recomendação médica. Além do mais, "nada disso promove a ejaculação nem o prazer", explica Prado. Adriano Barata completa: "Enquanto a pessoa acreditar que a sexualidade se limita apenas à genitalidade, será muito difícil descobrir novas formas de sentir o sexo".

Novas possibilidades.

Depois que ficou paraplégico, Sandro Mota, 28 anos, passou a se preocupar muito mais com as preliminares. "Com Sandro, eu aprendi que sexo não é apenas penetração", diz Rafaela Cunha, 23 anos, sua namorada. Sandro e Rafaela se conheceram na faculdade. Quando, pela primeira vez, ele a convidou para sair, Rafaela ficou mentalizando como Sandro iria lhe buscar. "Fiquei imaginando se alguém teria que ir junto com a gente, dirigindo o carro". Para a sua surpresa, ele chegou sozinho, comandando um automóvel adaptado. No dia que fizeram sexo pela primeira vez, Rafaela também ficou um pouco preocupada. "Não sabia direito como eu devia agir, tem toda a questão das sondas. Mas ele foi natural, e não me deixou nem um pouco constrangida".

Sandro teve que aprender muita coisa sozinho depois do acidente. Logo no início, ele não ejaculava. "Já tinha me acostumado com a situação. Até que um dia, aconteceu", lembra. "Fiquei muito feliz, porque o médico me disse que eu poderia ter filhos". A possibilidade de ter filhos é outra preocupação muito comum entre os deficientes físicos. Prado explica que até mesmo o deficiente que não consegue ejacular pode vir a ter filhos, desde que a zona da medula responsável pelo reflexo da ejaculação não tenha sido lesionada. "É preciso que se induza o reflexo da ejaculação", explica. Isso pode ser feito com o estímulo de um vibrador que atinja a freqüência de 60Hz.

No caso das mulheres, a deficiência física não as faz perder a fertilidade - pode acontecer a dificuldade de manter a gravidez. Em termos fisiológicos, outra conseqüência é a perda da lubrificação - e esse problema pode ser resolvido com o uso de lubrificantes externos. E, se a lesão for total, a capacidade de alcançar o orgasmo acaba. Mas prazer é algo que pode ser reinventado - e, nas mulheres, isso é mais fácil. Afinal, culturalmente, o sexo feminino aprendeu a dar mais importância a outros aspectos que vão muito além da simples penetração.

Tesouro escondido.

Mesmo depois do fatídico acidente de carro, Mara Gabrilli continua experimentando subidas bem íngremes, com emoções de montanha russa. "Eu não sinto aquela descida do prazer". Faz pouco tempo que Mara descobriu que essa subida incessante, sem um ponto final, era sua nova sensação de orgasmo. "Um dia percebi, é isso!", diverte-se. Todo dia, Mara aprende alguma coisa com seu corpo. Desde que ela sofreu o acidente, passou a ver o sexo por outros ângulos, literalmente. "Da primeira vez foi estranho. Via muito o teto do quarto!". Querendo alcançar um céu bem mais alto que o telhado, Mara se esforçou para desvendar os segredos do seu corpo, como se ele fosse um complicado mapa de escondidos tesouros. Com o tempo, ela mesma foi se descobrindo. E atualmente, sempre entrega o mapa da mina aos seus namorados. "Eu levo na esportiva. Vou dizendo, passo a passo, o que ele tem que fazer, pra onde ele precisa me carregar". Às vezes, os pedidos são bem simples. "Peço um abraço".

O casal abraçado no porta-retrato da estante logo chama a atenção de quem entra no apartamento de Sulamita Prado. Na foto, os dois estão bem alegres, com o sorriso típico dos apaixonados. "Essa foto foi tirada no dia do nosso casamento", lembra Sulamita. Seria uma foto comum, se ela não estivesse com o rosto mais baixo em relação ao seu esposo. Por conta do enquadramento, o motivo da diferença de altura dos dois não é retratado. É a cadeira de rodas, que não aparece na foto.

Deficiência física.
O nosso sistema locomotor envolve o sistema ósteo-muscular, o sistema nervoso e o sistema muscular. Por isso, doenças e lesões que afetem esses sistemas podem resultar em deficiência física, em diferentes graus. Algumas das causas mais comuns dessa deficiência são a esclerose múltipla, malformações congênitas, lesões cerebrais e lesões medulares, como é o caso das tetraplegias e paraplegias
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS;

Orientações

Família Down
Rua Goitacases, 14, sl 402, 4º andar, Edifício Bom Destino – Centro - CEP: 30190-050

Telefones: 3222-7695 / Fax: 3222-7688

Objetivo: Orientações, encaminhamentos.



Apoio ao Deficiente Visual




Educação


Escola Estadual São Rafael

Avenida Augusto de Lima, 2109, Barro Preto - CEP: 30190-002

Telefone: 3295-3221

Objetivo: Educacional.

Associação de Pais e Amigos dos Portadores de Deficiência Visual e Associados – APADV

Avenida Brasil, 688, 4º andar, Santa Efigênia - CEP: 30140-000

Telefone: 3274-0495

Objetivo: Reforço pedagógico.

Biblioteca Pública Luiz de Bessa – Setor Braile

Praça da Liberdade, 21, Funcionários - CEP: 30140-010

Telefone: 3292-4706

Objetivo: Livros em braile.

Órtese e prótese

PAM – Campos Sales

Rua Campos Sales, 472, Gameleira - CEP: 30480-470

Telefone: 3277-7048

Objetivo: Auxílio a óculos, bengala para deficiente visual.



Reabilitação


Escola Estadual São Rafael

Avenida Augusto de Lima, 2109, Barro Preto - CEP: 30190-002

Telefone: 3295-3221

Objetivo: Habilitação em atividade de vida diária, reabilitação.

Associação de Pais e Amigos dos Portadores de Deficiência Visual e Associados – APADV

Avenida Brasil, 688, 4º andar, Santa Efigênia - CEP: 3140-000

Telefone: 3274-0495

Objetivo: Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia ocupacional, Estimulação na reeducação visual, oftalmologista.

Fundação Hilton Rocha

Avenida José do Patrocínio Pontes, 1355, Mangabeiras - CEP: 30210-090

Telefone: 3282-1333

Objetivo: Consultas e exames.

Clínica Oftalmológica do Hospital das Clínicas da UFMG

Avenida Alfredo Balena, 190, Santa Efigênia - CEP: 30130-100

Objetivo: Consultas e exames.



Esporte, cultura e lazer

Associação dos Deficientes Visuais de Belo Horizonte – ADEVIBEL

Avenida Barbacena, 473, sl 601, Barro Preto - CEP: 30190-130

Telefone: 3295-3002

Objetivo: Recreação, lazer e esportes.





Abrigo


Escola Estadual São Rafael

Avenida Augusto de Lima, 2109, Barro Preto - CEP: 30190-002

Telefone: 3295-3221

Objetivo: Regime interno de alunos de 7 a 18 anos.



Apoio aos Portadores de Deficiência Auditiva



Educação



Associação das Freiras Filhas de Nossa Senhora Monte Calvário – Instituto Santa Inês

Rua Aimorés, 3511 - Prado – CEP: 30110-130

Telefones: 3291-3818

Objetivo: Educacional (1ª a 8ª série).

Instituto Santa Inês
Rua Aimorés, 3511, Barro Preto
Telefone: 3335-7255
Obs: Atendimento clínico (3 à 18anos) e escolar (3 à 18anos) sendo do maternal à 8ª série.

Fono Centro Médico Psicológico
Rua Professor Antônio Aleixo, 205, Santo Antônio
Telefone: 3335-8153
Obs: Atendimento aos deficientes auditivos clínico (0 à 21anos) e escolar (5 à 21anos).

Escola Estadual Francisco Sales

Rua Guajajaras, 1887, Barro Preto - CEP: 30180-101

Telefones: 3295-6117 / 4903

Objetivo: Educacional (1ª a 4ª série).

Escola Estadual José Bonifácio

Rua Hermílio Alves, 168, Santa Tereza - CEP: 30010-070

Telefones: 3213-4531 / 3222-1441

Objetivo: Educacional (5ª a 8ª série / 2º grau).

Escola Estadual Maurício Murgel

Avenida Amazonas, 5154, Nova Suíça - CEP: 30480-000

Telefone: 3332-6165

Objetivo: Educacional (2º grau).

FONO – Centro Médico Psicológico de Diagnóstico e Tratamento Ltda.

Rua Prof. Antônio Aleixo, 205, Lourdes - CEP: 30180-150

Telefone: 3335-8153 / Fax: 3337-2394

E-mail: jclassi@bh.pegasus.com.br/ Homepage: www.bh.pegasus.com.br/fono

Objetivo: Educacional (1ª a 4ª série).



Reabilitação

FONO – Centro Médico Psicológico de Diagnóstico e Tratamento Ltda.

Rua Prof. Antônio Aleixo, 205, Lourdes - CEP: 30180-150

Telefones: 3335-8153 / Fax: 3337-2394

E-mail: jclassi@bh.pegasus.com.br / Homepage: www.bh.pegasus.com.br/fono

Objetivo: Estimulação.

Sociedade dos Surdos de Belo Horizonte
Rua Expedito Michel Jacob Cheib, 162, Caiçara

Telefone: 3411-4008
Obs: Atendimento para pessoas a partir de 18 anos esporte e lazer (inclusão social).

Centro Integrado de Atendimento Psico-Pedagógico
Rua Timbiras, 2838, Barro Preto
Obs: Atendimento às deficientes auditivos (0 a 3 anos) e mental (0 a 18 anos).



Trabalho


Cooperativa Padre Vicente de Paulo Penido Burnier Ltda. – COPAVI

Rua Campos Sales, 96 A, Nova Suíça - CEP: 30480-470

Telefones: 3334-8100 / 3332-6172

E-mail: copavi@copavi.com.br / Homepage: COPAVI

Objetivo: Profissionalização, inserção no mercado de trabalho.

Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos – FENEIS

Rua Albita, 44, Cruzeiro - CEP: 30310-160

Telefone: 3225-0088

Objetivo: Profissionalização.



Esporte, cultura e lazer

Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos – APADA/MG

Rua Dias Toledo, 99, Vila Paris - CEP: 30380-670

Telefone: 3296-5202

Objetivo: Cultura e lazer.

Associação dos Surdos de Minas Gerais – ASMIG

Rua Ametista, 25, Bairro Prado - CEP: 30410-420

Telefone: 3335-4827

Objetivo: Cultura e lazer.






Apoio aos Portadores de Deficiêcia Múltipla



Atendimento educacional a portadores de deficiência múltipla

Descrição: Escolas especializadas que fazem atendimento a portadores de mais de uma deficiência que exigem atendimento especializado (necessidades especiais), desenvolvendo atividades de educação especial, preparação para o trabalho e também atendimentos complementares em psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e outros (dependendo do aluno). Não existe limite de idade para o atendimento. O período de permanência não é estipulado, podendo a escola eleger a faixa etária prioritária para o atendimento. Valor da Taxa: Gratuito.

Documentos Necessários: Comprovante de residência, certidão de nascimento.

Diretoria de educação especial

Vinculação: Secretaria de Estado de Educação

Avenida Amazonas, 5855, bloco C - Ala A, Gameleira - CEP: 30150-000

Horário de funcionamento: 9h às 11h e 14h às 18h

Telefones: 3379-8356 / 3379-8353

EE de Educação Especial Dr. João Moreira Salles

Vinculação: Secretaria de Estado de Educação

Rua do Ouro, 1945, Serra - CEP: 30210-590

Horário de funcionamento: 8h30 às 12h e 14h às 18h

EE Dona Argentina Vianna Castelo Branco

Vinculação: Secretaria de Estado de Educação

Rua Oriente 758, Serra - CEP: 30220-270

Horário de funcionamento: 7h às 17h

Telefones: 3227-0899 / 7013

EE Francisco Sales

Vinculação: Secretaria de Estado de Educação

Rua Guajajaras, 1887, Barro Preto - CEP: 30180-101

Horário de funcionamento: 8h30 às 12h e 14h às 18h

Telefone: 3295-4903

EE Pestalozzi

Vinculação: Secretaria de Estado de Educação

Rua Timbiras, 3080, Barro Preto - CEP: 30140-062

Horário de funcionamento: 8h30 às 12h e 14h às 18h

Telefone: 3295-4967



Federações


Conjunto de entidades e associações representativas de diversos segmentos da sociedade. Neste caso, de portadores de deficiência.



Federação das Entidades de Surdos do Estado de Minas Gerais – FESEM

Rua Campos Sales, 96 A, Gameleira - CEP: 30480-470

Telefone: 3334-8100

Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos – FENEIS - Escritório Regional

Rua Albita, 144, Cruzeiro - CEP: 30310-160

Telefone: 3225-0088

Federação Brasileira de Instituições de Excepcionais – FEBIEX - Escritório Estadual
Rua Jussara, 271, Bairro da Graça - CEP: 31140-070
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Nos últimos dias, resolvi prestar mais atenção na acessibilidade em alguns lugares de Belo Horizonte. Em muitos deles, movimentar-se em uma cadeira de rodas é sempre uma aventura radical.

A Prefeitura de Belo Horizonte, juntamente com a Coordenadoria dos Direitos dos Deficientes, e outros órgãos, promoveram uma revitalização do centro da capital. As calçadas ganharam rebaixamento e sinalização tátil. Ainda não temos semáforos sonoros como os existentes na orla de Maceió, mas as melhorias foram gritantes. Em 1997, fiz um curso de programação no centro. Era caótico andar pelas ruas. Além das calçadas não possuírem rebaixamento, eram cheias de camelôs. Era preciso pedir licença e contar com o bom senso – quase sempre em falta! – e boa vontade dos pedestres. O espaço para circulação da cadeira era tão reduzido que fui desviar de um cego e acabei atropelando a bengala dele. Minha mãe tinha que me empurrar, pelas ruas, dividindo espaço com os carros. Nos dias de chuva, então… caos total!!

Hoje em dia, o centro está muito mais acessível. Pena que em alguns lugares, como a esquina da Avenida Amazonas com a Rua São Paulo, as rampas não sigam a acessibilidade. Nesse lugar, a rampa é muito íngreme. Andar pelas calçadas ainda é um desafio. Por exemplo, no quarteirão das Lojas Americanas da Rua São Paulo, a calçada está esburacada há meses. Os buracos são enormes. A alternativa mais viável é dividir o asfalto com os carros e motos. Só que existem vários estacionamentos de motos. Infelizmente, os motoqueiros param em fila dupla e quase atropelam o cadeirante.

O principal problema que encontro no centro é a falta de educação dos pedestres. As pessoas sempre me atropelam. Outras vezes, entram na frente da cadeira de rodas, de uma hora para outra, sem dar tempo para o cadeirante evitar o atropelamento. Quando paro nos sinais para atravessar, sempre sou ?engolida? pela multidão e levo várias bolsadas e cotoveladas.

Muitas lojas da região central ainda possuem degraus na entrada. Em algumas galerias e restaurantes, o acesso é praticamente inviável para cadeirantes – inúmeros degraus em um espaço pequeno. Não cabe nenhuma pessoa ao lado da cadeira.

Pesquisei vários restaurantes na região da Praça Sete e só encontrei um com acesso facilitado. Existem escadas para o segundo andar, mas o cadeirante pode ficar no primeiro piso, onde temos as comidas, bebidas, os caixas e banheiros. Os demais possuem escadas na entrada e o local para circulação muito reduzido. Algumas vezes, para o cadeirante passar, é preciso tirar todo mundo do lugar, arrastar mesas, etc.
ISSO NAO É JUSTO NÓS DEFICIENTES MERECEMOS O DIREITO DE IR E VIR SEM PRECISAR DE AJUDA DE TERCEIOS.
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Barreiras Arquitetonicas E Exclusao Social Dos Deficientes Fisicos

Segundo dados do IBGE, no ano de 2000, 23,06% da população brasileira era composta por
pessoas idosas ou portadoras de algum tipo de deficiência física. Essa significativa parcela da
população encontra-se impedida de exercer plenamente sua cidadania, na medida em que
encontra sérias dificuldades para se locomover no ambiente construído, tanto dos edifícios
como do espaço urbano. Esse trabalho tem como objetivo realizar diagnóstico da situação
atual do Campus A C Simões da UFAL bem como elaborar propostas para adequações
arquitetônicas dos diversos edifícios do mesmo. Foram realizadas entrevistas com os usuários
do Campus portadores de diversos tipos de deficiência a fim de identificar as principais
barreiras arquitetônicas existentes. A seguir, foi realizado um exaustivo levantamento
arquitetônico das vias de acesso e dos edifícios existentes no Campus, assinalando-se as
principais barreiras encontradas. No momento, o trabalho encontra-se em fase de elaboração
das propostas arquitetônicas. O resultado não deve se constituir em experiência restrita ao
problema de acessibilidade no âmbito da UFAL. Pretende-se que o mesmo se constitua em
um exemplo que a Universidade deve proporcionar à sociedade como um todo, na qualidade
de instituição formadora de opinião cujas ações apresentam forte efeito multiplicador dentro
do ambiente social onde se insere.
Os portadores de deficiência física são chamados, segundo a Associação Brasileira de
Normas Técnicas - ABNT, de ambulatoriais, podendo ser classificados como parciais ou
totais. Os parciais são aqueles que se movimentam com dificuldade ou insegurança, usando
ou não aparelhos ortopédicos e próteses. Dentre esses, se encontra os hemiplégicos,
amputados, pessoas com insuficiência cardíaca ou respiratória, aquelas que levam cargas
pesadas ou volumosas, os que levam criança pequena nos braços, engessados ou com vendas,
convalescentes de doenças ou intervenções cirúrgicas, anciões e pessoas afetadas por doenças
ou malformações que os impeçam de caminhar normalmente.
Os portadores ambulatoriais totais são aqueles que utilizam, temporariamente ou não,
cadeiras de rodas e incluem paraplégicos, tetraplégicos, hemiplégicos, amputados, e pessoas
afetadas fortemente por doenças e malformações que as impossibilitam de andar.
Existem ainda os deficientes sensoriais, onde se enquadram os deficientes visuais e
auditivos. Todos possuem necessidades específicas que, quando não supridas, limitam a
execução de suas atividades, seus fluxos de convívio e sua qualidade de vida.
Segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
IBGE, em 2000 o Brasil possuía 8,56% da população composta de idosos, a perspectiva de
vida era de 65 anos, e 14,5% da população era composta de portadores de deficiência
permanente. Somando essas duas parcelas, chega-se à conclusão que aproximadamente 23%
da população brasileira encontra-se neste grupo de pessoas com sérias dificuldades de
locomoção. Sem contar as pessoas portadoras de diversos tipos de deficiência sensorial,
deficiência física temporária, os obesos e pessoas de estatura fora da média.
Estes dados vêm demonstrar o impacto social decorrente de iniciativas que visem à
promoção da acessibilidade ao espaço habitado no território brasileiro. Como resultado desse
alcance social e da consolidação dos direitos das pessoas portadoras de deficiência, surge
primeiramente a Lei nº 7853/89, regulamentada pelo Decreto 3298/99, que estabeleceu os
preceitos fundamentais e os princípios de igualdade e não discriminação entre os cidadãos
brasileiros. Mais recentemente, surgiu a Lei n° 10.048, de 8 de Novembro de 2000, que
dispõe sobre prioridade de atendimento e outras providências às pessoas portadoras de algum
tipo de deficiência. Posteriormente, a Lei n° 10.098, de 19 de Dezembro de 2000, estabelece
normas gerais e critérios básicos para promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos
nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos
meios de transporte e de comunicação.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas formulou normas específicas para
acessibilidade, fundamentadas nos referidos instrumentos jurídicos, que vêm apoiar a
execução de projetos que objetivem a realização de intervenções arquitetônicas urbanísticas e
nos meios de transportes, por parte dos diferentes agentes políticos da sociedade. Estas
normas são:
- NBR 9050:1994 – Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência a edificações,
espaço, mobiliário e equipamento urbanos.
- NBR 13994:2000 – Elevadores de passageiros – Elevadores para transporte de
pessoa portadora de deficiência.
- NBR 14020:1997 – Transporte – Acessibilidade à pessoa portadora de deficiência –
Trem de longo percurso.
- NBR 14021:1997 – Transporte – Acessibilidade à pessoa portadora de
deficiência – Trem metropolitano.
- NBR 14022:1997 – Transporte – Acessibilidade à pessoa portadora de deficiência
em ônibus e trólebus, para atendimento urbano e intermunicipal.
- NBR 14273:1999 – Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência no
transporte aéreo comercial.
Ainda que muito necessite ser feito para que pessoas com deficiência tenham seus
direitos plenamente respeitados pela sociedade brasileira, são visíveis, nos dias atuais, o
aumento da participação social dos mesmos. Nomeadamente no Estado de Alagoas, um
número cada vez maior de pessoas com deficiência está na escola e realizando com êxito seus
estudos, apesar dos dados recolhidos pelo Censo 2000 apontarem que entre aqueles que
apresentam deficiências severas, 25% ainda está excluído do processo de escolarização. Tal
fato está gerando uma situação nova: o número crescente de candidatos com algum tipo de
deficiência concorrendo às vagas oferecidas pela Universidade Federal de Alagoas. No
processo seletivo, realizado no ano de 2002, foram, pelo menos, 15 surdos e 1 cego inscritos.
Esses, infelizmente, não tiveram os seus direitos assegurados e necessitaram recorrer ao
Ministério Público para que tal ocorresse. Os entraves enfrentados por estes candidatos
estavam situados, em primeiro lugar, no desconhecimento em relação à sua individualidade,
que por sua vez acabou por criar vários obstáculos para que eles pudessem concorrer em
situação de igualdade com os demais candidatos. Quase sempre a plena acessibilidade esteve
comprometida. Ou seja, entraves ou obstáculos limitaram ou impediram o acesso à
informação ou aos espaços onde a mesma se encontrava. Em se tratando dos surdos, a
Linguagem Brasileira de Sinais- LIBRAS- não foi reconhecida como sendo a sua primeira
língua e o uso do intérprete foi vetado.
OBSERVAÇÃO:UM ABSURDO! ACORDA BRASIL.
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A Acessibilidade Ao Meio Fisico Vem Garantida Em Lei?

A Acessibilidade ao meio físico vem garantida em lei?

Sim, a Constituição Federal de 1988, no seu artigo 227, parágrafo 2º, estabelece que a lei disporá sobre normas de construção de logradouros e dos edifícios de uso público e da fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir o acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.

SERÁ?EM BELO HORIZONTE AS COISAS NÃO FUNCIONAM DESDE JEITO SE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DIZ QUE TEREMOS ACESSO AOS LOCAIS PÚBLICOS ISSO NAO PASSA DE UMA MENTIRA,POIS NA PRÁTICA NÃO FUNCIONA DESSA FORMA,ENFRENTAMOS BARREIRAS ARQUITETONICAS EM TODA A CIDADE NAO SERIA MUITO MELHOR PARA OS GOVERNANTES UMA CIDADE ACESSIVEL?SIM,SERIA MAS POUCOS OU SEJA QUASE NENHUM GOVERNANTE PENSA DESDA FORMA,POIS SE GASTARIA MAIS.I TUDO QUE É EMPROL DA SOCIEDADE PARA ELES NAO FAZ MUITA DIFERENÇA.PORQUE O QUE ELES REALMENTE QUEREM É VOTO!!É ISSO O QUE INTERESSA A ELS."VOTOS"E A POPULAÇAO É QUE SE DANE.DESCULPE PELA A EXPRESSÃO MAS ESSA É A MAIS PURA VERDADE.
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CARTILHA DA INCLUSÃO,QUEM SEGUE?

Estamos vivendo um momento histórico muito importante.

Vários segmentos sociais lutam pelos seus direitos de inclusão na sociedade. É o que acontece com as mulheres, negros, sem-terra e tantos outros excluídos.

Embora não tenham conseguido plenamente sua inclusão na sociedade, muito já avançaram.

Como esses, há um outro grupo de excluídos – as pessoas com deficiência, que não têm acesso aos direitos que devem pertencer a todos: educação, saúde, trabalho, locomoção, transporte, esporte, cultura e lazer.

Leis têm sido criadas para a garantia desses direitos, o que já é um grande passo. Mas, apesar delas, percebemos que nós excluímos as pessoas que consideramos diferentes.

Precisamos, então, conhecer e reconhecer essas pessoas que vivem a nossa volta, excluídas por nossa própria ação.

Se desejamos realmente uma sociedade democrática, devemos criar uma nova ordem social, pela qual todos sejam incluídos no universo dos direitos e deveres.

Para isso, é preciso saber como vivem as pessoas com deficiência, conhecer suas expectativas, necessidades e alternativas.

Como isso que acontece comigo se passa com o outro que é diferente de mim? Como é ser pai ou mãe de um garoto que não enxerga? Como funciona a casa de uma família de deficientes auditivos? Como é a vida de uma pessoa que precisa de uma cadeira de rodas para se locomover? Como uma pessoa que tem deficiência mental aprende?

Essas perguntas podem nos levar a pensar sobre as dificuldades e as conquistas desses excluídos e pensar na possibilidade de concretização dos seus direitos: soluções simples e concretas para que possam estar nas salas de aula; plena assistência à saúde; qualificação profissional; emprego; prática de esporte; cultura e lazer.

Isso só se realizará se cada um de nós se fizer a pergunta: o que eu posso fazer, como empresário, como bombeiro, professor, balconista, comerciante, funcionário público, engenheiro, médico, advogado, dona de casa,motorista de ônibus, entregador, para contribuir na inclusão daqueles que são apenas diferentes de mim?

Buscar respostas para essa pergunta é um aprendizado nem sempre fácil: exige o desejo de conhecer, de se arriscar, de se envolver e agir.

Buscar essas respostas é construir uma sociedade inclusiva.


SOCIEDADE INCLUSIVA: AFINAL, O QUE É ISTO ?

Diante de tantas mudanças que hoje vimos eclodir na evolução da sociedade, surge um novo movimento, o da inclusão, conseqüência de uma visão social, de um mundo democrático, onde pretendemos respeitar direitos e deveres. A limitação da pessoa não diminui seus direitos: são cidadãos e fazem parte da sociedade como qualquer outro. É o momento de a sociedade se preparar para lidar com a diversidade humana.

Todas as pessoas devem ser respeitadas, não importa o sexo, a idade, as origens étnicas, a opção sexual ou as deficiências.Uma sociedade aberta a todos, que estimula a participação de cada um e aprecia as diferentes experiências humanas, e reconhece o potencial de todo cidadão, é denominada sociedade inclusiva.

A sociedade inclusiva tem como objetivo principal oferecer oportunidades iguais para que cada pessoa seja autônoma e auto-determinada.

Dessa forma, a sociedade inclusiva é democrática, reconhece todos os seres humanos como livres e iguais e com direito a exercer sua cidadania.

Ela é, portanto, fraterna: busca todas as camadas sociais, atinge todas as pessoas, sem exceção, respeitando-as em sua dignidade.

Mas, para que uma sociedade se torne inclusiva, é preciso cooperar no esforço coletivo de sujeitos que dialogam em busca do respeito, da liberdade e da igualdade.

Como sabemos, nossa sociedade ainda não é inclusiva. Há grupos de pessoas discriminadas, inclusive nas denominações que recebem: inválido, excepcional, deficiente, mongol, down, manco, ceguinho, aleijado, demente...

Essas palavras revelam preconceito, e, através delas, estamos dizendo que essas pessoas precisam mudar para que possam estar convivendo na sociedade. O problema é do surdo, que não entende o que está sendo dito na TV, e não da emissora que não colocou a legenda; é do cego, por não saber das novas leis, e não do poder público que não as divulga oralmente ou em braile; é do deficiente físico, que não pode subir escadas, e não de quem aprovou uma construção sem rampas. Assim, dizemos que é de responsabilidade da pessoa com deficiência a sua integração à sociedade.

O termo inclusão, diferentemente, indica que a sociedade, e não a pessoa, deve mudar. Para isso, até as palavras e expressões para denominar as diferenças devem ressaltar os aspectos positivos e, assim, promover mudança de atitudes em relação a essas diferenças.

É nosso dever fornecer mecanismos para que todos possam ser incluídos.

VOCÊ SABIA ?

DEFICIÊNCIA é todo e qualquer comprometimento que afeta a integridade da pessoa e traz prejuízos na sua locomoção, na coordenação de movimento, na fala, na compreensão de informações, na orientação espacial ou na percepção e contato com as outras pessoas.

A deficiência gera dificuldades ou impossibilidade de execução de atividades comuns às outras pessoas, e, inclusive, resulta na dificuldade da manutenção de emprego.


Por isso, muitas vezes, é necessária a utilização de equipamentos diversos que permitam melhor convívio, dadas as barreiras impostas pelo ambiente social.

Diante disso, a Constituição Federal de 1998 dispensou tratamento diferenciado às pessoas com deficiência.

DEFICIÊNCIA FÍSICA é todo comprometimento da mobilidade, coordenação motora geral ou da fala, causado por lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas ou ainda por má formação congênita ou adquirida.

DEFICIÊNCIA MENTAL é um atraso ou lentidão no desenvolvimento mental que pode ser percebido na maneira de falar, caminhar, escrever. O grau de deficiência mental varia de leve a profundo.

DEFICIÊNCIA VISUAL é caracterizada por uma limitação no campo visual. Pode variar de cegueira total à visão subnormal. Neste caso, ocorre diminuição na percepção de cores e mais dificuldades de adaptação à luz.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA é a perda total ou parcial da capacidade de compreender a falar através do ouvido. Pode ser surdez leve - nesse caso, a pessoa consegue se expressar oralmente e perceber a voz humana com ou sem a utilização de um aparelho. Pode ser ainda, surdez profunda.


AS PALAVRAS MOVEM MONTANHAS

As palavras agem sobre as pessoas. Elas podem ou não discriminar. O que dizemos mostra o que pensamos, o que desejamos, o que agimos. Palavra é ação. Palavras diferentes produzem sentidos diferentes.

Por isso, quando dizemos que alguém é um deficiente físico, estamos discriminando essa pessoa.

Veja como tudo muda se falamos de pessoas com deficiência ou pessoa portadora de necessidades especiais. Nesse caso, a pessoa não é deficiente, mas apresenta uma deficiência, o que é outra idéia.

Portanto, uma boa forma de mudar o mundo é mudar as palavras que usamos. Pode crer: as pessoas dizem aquilo em que acreditam.
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CRESCE OFERTAS DE EMPREGO PARA DEFICIENTES

De acordo com o Centro Público de Apoio ao Trabalhador de Campinas, oportunidades vão aumentar, pelo menos, 150% em relação ao ano passado.

O mercado de trabalho para pessoas com deficiência está aquecido na região de Campinas (SP). O número de vagas terá um aumento expressivo de setembro até o fim do ano. De acordo com o Centro Público de Apoio ao Trabalhador de Campinas (CPAT), a oferta de oportunidades vai aumentar, pelo menos, 150% em relação ao ano passado. Mas ainda há problemas de infraestrutura que precisam ser solucionados no universo das pessoas com deficiência.

Cerca de 30 mil pessoas têm algum tipo de deficiência só em Campinas, de acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Deste total, apenas 10% estão trabalhando no mercado formal. Segundo a coordenadora do CPAT, Sílvia Garcia, apenas 525 pessoas estão inscritas para concorrer às vagas divulgadas para pessoas com deficiência.

“Muitas pessoas deixam de procurar emprego nas empresas para não correr o risco de perder seus benefícios do INSS, garantidos por lei. Pois se uma pessoa com deficiência é contratada, ela para de receber o benefício. Caso seja demitida, ela terá que provar a sua necessidade para voltar a receber”, explica.

Para incentivar e qualificar este público, ONGs e outras instituições investem em cursos de capacitação e ajudam na inserção dos deficientes nas empresas.

A ONG Sorri Campinas, por exemplo, oferece cursos de envolvimento pessoal e de capacitação profissional. Muitos deles acontecem dentro das empresas, o que contribui para a interação com os funcionários no ambiente de trabalho. Após esta oportunidade, 70% a 75% dos alunos são aproveitados na própria instituição. Os demais acabam empregadas em outros lugares, já que recebem certificados para cada curso concluído.

Segundo a gerente executiva da ONG, Maria Olímpia Luz, as próprias empresas procuram a instituição para selecionar profissionais através dos cursos.

“Quando você trabalha com a pessoa dentro do ambiente, ela já vai se adaptando em um processo normal. Ela não vai ter o choque de entrar, principalmente aqueles que são as primeiras oportunidades. Quem ganha com isso são as pessoas com deficiência”, explica. Veja detalhes no vídeo.

O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) tem um programa diferenciado que também beneficia este público. O projeto Qualificar para Incluir oferece o curso de tecnologia da informação (TI). Segundo a coordenadora Vera Lúcia Meloni, a procura das empresas também é grande.

“Várias empresas se colocaram para receber os currículos dos alunos e contratar essas pessoas. Na primeira turma, alguns alunos não conseguiram concluir o programa porque começaram logo a trabalhar. Por conta disso, um acordo com as empresas interessadas foi feito, para que elas esperem a formatura dos alunos”, explica a coordenadora.

Falta de infraestrutura
Além da baixa escolaridade e da falta de qualificação, a infraestrutura insuficiente também faz parte dos problemas do universo das pessoas com deficiência. Segundo o membro da ONG Centro de Vida Independente, economista e aluno de doutorado da Unicamp, Vinícius Garcia, é preciso realizar políticas de inclusão desse público na sociedade. Ele é tetraplégico e vive em uma cadeira de rodas há 15 anos.

“A gente tem problemas de acessibilidade no município de Campinas. Apesar dos avanços, a gente tem dificuldade de transporte, nas ruas. Isso dificulta a pessoa com deficiência poder procurar emprego, trabalhar”, afirma.

Pessoas cegas e surdas têm mais dificuldade para se informar, porque nem todas as mídias estão preparadas para atender a este público. Na tese de doutorado, Vinícius constatou que a participação de deficientes no mercado de trabalho ainda é muito baixa.

“Há uma preferência das empresas pelas pessoas com deficiência auditiva e física, em detrimento das pessoas com deficiência visual e cognitiva (mental)”, afirma Vinícius Garcia.

Entre as possíveis soluções para melhorar este quadro, o economista destaca a importância da inclusão escolar para o desenvolvimento dos deficientes.

Entenda a lei
Parte das contratações é garantida pela lei federal 8.213/91, artigo 93, que obriga as empresas com 100 ou mais funcionários a preencher de 2% a 5% de seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência habilitadas. O objetivo da lei é combater o processo histórico de exclusão.

De acordo com a Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Campinas, 731 empresas estão cadastradas no banco de dados. Destas, 347 cumprem a cota determinada pela lei, 211 estão em processo de fiscalização e 173 serão convocadas até dezembro deste ano para serem fiscalizadas. A gerência contabilizou, no mínimo, 7,1 mil pessoas com deficiência admitidas na região de Campinas, sendo que mil são reabilitadas.

Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD)
O Projeto Qualificar para Incluir tem o objetivo de propor alternativas diferenciadas para o mercado de trabalho de pessoas com deficiência. O curso de tecnologia da informação tem a duração de, aproximadamente, um ano. Os interessados devem ter o ensino médio completo, mais de 18 anos e precisam apresentar um laudo que comprove a deficiência. Eles podem acompanhar a abertura de inscrições no site do CPqD.

Cada temporada conta com 80 alunos, divididos em quatro turmas. A primeira etapa do curso é voltada para a área comportamental. Na segunda, os estudantes passam por um nivelamento do conhecimento de informática.

O CPqD fica na Rodovia Campinas/Mogi-Mirim, Km 118,5, em Campinas. Interessados podem conferir mais informações no site do CPqD.

Centro Público de Apoio ao Trabalhador (CPAT)
O CPAT divulga vagas todos os dias para moradores de Campinas e região. Os interessados devem comparecer ao centro portando RG, carteira de trabalho, comprovante de residência e laudo médico que comprove a deficiência.

O centro fica na Avenida Campos Salles, 427, no Centro de Campinas. O horário de funcionamento vai das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira
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MOTEL ADAPTADO.

O assunto vai desde paquera e chega à acessibilidade em motéis e baladas. No blog "Sonhos de Luciana", onde novela e vida real se misturam, Camila conta o que funciona na hora da conquista. "No Brasil, o bumbum tem um apelo sexual muito grande. Se você está sentada o tempo todo, o cara não vê seu bumbum, já pensou nisso? Daí você tem que usar outros recursos: explorar pernas, colo, braços…".

Cris Costa, cadeirante há 11 anos, isso depois de bater a cabeça em um mergulho na piscina, afirma que na paquera muda sim o fato dela estar em uma cadeira de rodas. "Você tem que chamar atenção para outros atributos, porque o bumbum e o rebolado ele não vai ver tão cedo (risos). Então é um decote, um charme diferente, pedir uma ajuda com a cadeira... os homens ajudam e curtem isso, acredite!".

A publicitária Juliana Carvalho, de 28 anos, cadeirante desde os 19 anos, costuma freqüentar baladas. Solteira, ela convive com os percalços no jogo da paquera. "Em um sábado, durante um passeio com minhas amigas, enquanto eu estava ao volante vários rapazes me encararam, flertando. As meninas inclusive brincaram que era para eu passar um pouco de mel. Engraçado, depois que eu troquei de automóvel e encarei a night na minha cadeira de rodas, os olhares sumiram. Por que será?", desabafou em seu blog "Sem barreiras".

Ela afirma que o preconceito ainda existe sim, mas hoje em dia consegue passar bem por isso e mantém relacionamentos, além de ter uma vida sexual ativa. "Fiquei cinco anos sem transar, afinal, muda muita coisa no corpo. Existe a falta de movimento e sensibilidade, enfim, levei tempo para redescobrir como sentir prazer, mas valeu a pena", conta. Para retomar a sua sexualidade, ela teve que voltar a frequentar barzinhos também afim de conhecer novas pessoas. "A maioria dos locais tem escadas e banheiros estreitos. Fico com opções reduzidas e opto sempre por locais que tem acesso. Aqui em Porto Alegre indico "O Segredo" e o "Oito e Meio".



Juliana Carvalho. Foto/Guerreiro


Já no Rio de Janeiro, Cris afirma que a questão das rampas melhorou, mas que chega a contar nos dedos os locais cujos toaletes são adaptados. "Aqui no Rio indicaria o Rio Scenarium ou o Lapa 40º. São lugares bacanas pra quem gosta de um sambinha e acessíveis", recomenda.

Juliana, que no próximo mês vai lançar o livro "Na minha cadeira ou na tua?", conta que na sua cidade, Poá, ela não conhece nenhum motel adaptado. "Mas em Brasília, o Flamingo (localizado na Asa Norte) tem até banheira com barras para facilitar o acesso. No entanto, o pessoal esqueceu de colocar uma cadeira higiênica para que a pessoa tome banho!", aponta.

Já na capital fluminense, Eduardo Camara encontrou uma suíte adaptada no motel Rosa da Vila, que é mais simples, porém possui cadeira de banho. Ele não chegou a freqüentá-lo, mas o indicou em seu blog "Mão na Roda", o qual Cris também participa.

O carioca namora há três anos com Bianca Marotta "andante, mas ainda não consegue empinar uma cadeira de rodas", como ela mesma se intitula no diário virtual. Ela conta que o casal chega a freqüentar motéis, mas sem acessibilidade "que tem garagem comum e elevador, mas nos quartos geralmente a porta do banheiro é mais estreita e nada de barras de apoio. Acredito que adaptar um quarto de motel não é tão complicado assim, ele precisaria de portas mais largas e espaço para circular melhor com a cadeira de rodas, além de cama com altura adequada e barras de apoio nos banheiros", opina.

Como mulher de um cadeirante, Bianca conta que não existem dificuldades. "Alguns pontos do seu corpo perderam a sensibilidade, mas ereção, libido e tesão existem como em qualquer outra transa". A diferença acontece mesmo em relação às posições, que são mais limitadas. Ela conta que depois de conhecer melhor o corpo de Eduardo se concentra nos pontos de mais sensibilidade e na hora H deixa o resto acontecer naturalmente.

Segundo a publicitária, além da ausência de sensibilidade, nas mulheres há também o fato do déficit de lubrificação. Para ela, a questão do espelho em motéis, é algo bastante importante para os cadeirantes. "Com ele dá para explorar as partes que não se sente. O estímulo visual ganha uma atenção especial. Falar coisas sensuais também atiça os ânimos. Conseguimos ter orgasmo mesmo sem sentir os órgãos sexuais, é possível atingir o clímax, sim", garante
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QUE VERGONHA BH!!!

QUE VERGONHA BH É ESSA A BH QUE QUEREMOS MOSTRAR PARA OS ESTRANGEIROS NA COPA DE 2014?PORQUE SE FOR INFELIZMENTE OU FELIZMENTE IREMOS PASSAR A MAIOR VERGONHA! POIS CADE A ACESSIBILIDADE QUE VOCES TANTO DIZEM QUE TEM???CADE???EU TRABALHO NO SHOPPING PAMPULHA MALL.MAS COMO CHEGAR ATÉ LÁ??MAS VOCES (GOVERNANTES)DEVEM ESTAR SE PERGUNTANDO,MAS A AVENIDA PRESIDENTE ANTONIO CARLOS NAO ESTA PASSANDO POR UMA "GRANDE" REFORMA??SIM,ESTÁ.MAS A ACESSIBILIDADE?SERA QUE ISSO FOI PROJETADO PARA NÓS CADEIRANTES?ACRETIDO QUE NAO!PORQUE SEMPRE QUE SAIU DO SERVIÇO PRECISO DE AJUDA I NEMM TODO MUNDO TEM A DISPONIBILIDADE PARA NUS AJUDAR...AGORA PERGUNTO A VOCES CADE O DIREITO DE IR I VIR QUE REGE A CONSTITUIÇAO BRASILEIRA!!!!
VAMOS NÚS MOBILIZAR PARA SACUDIR BH,PARA QUE ACORDEM I OLHEM POR NÓS CADEIRANTES.PORQUE COMO TODO MUNDO DE UMA FORMA OU DE OUTRA PAGAMOS IMPOSTOS E MERECEMOS RESPEITO E EXIGIMOS ACESSO JÁ!!!!!PRINCIPALMENTE EM RELACAO AO TRANSPORTE PÚBLICO É UMA VERGONHAAAAAA ELEVADORES QUE NAO FUNCIONAM,FUNCIONARIOS NAO PREPARADOS.AS VEZES NÚS TRATAM COMO NINGUEM,NÚS VEEM NO PONTO E NAO PARAM PORQUE DA TRABALHO PARA NUS CONDUZIR PARA DENTRO DO ONIBUS...UM ABSURDO!!!
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